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Atualização da NR‑1 e o Papel do RH: Gerenciamento de Riscos e Saúde Mental no Trabalho

  • Foto do escritor: Work Gente & Gestão
    Work Gente & Gestão
  • 3 de nov.
  • 3 min de leitura

A cada 3 horas, um trabalhador perde a vida em acidentes de trabalho no Brasil. Esse dado alarmante reforça a importância da NR‑1, norma que estabelece diretrizes essenciais para a Segurança e Saúde no Trabalho (SST). Com a atualização da NR‑1 de 2024, que entrou em vigor em maio de 2025, o papel do RH torna-se ainda mais estratégico na gestão de riscos, incluindo fatores psicossociais como assédio, estresse e sobrecarga.


Mulher com olhos fechados em meio à multidão, simbolizando a importância do equilíbrio emocional e da saúde mental no ambiente corporativo.

Neste post, você vai entender como a NR‑1 impacta diretamente a área de Recursos Humanos, quais são suas principais mudanças e como o RH pode transformar obrigações legais em ações estratégicas de cuidado e cultura organizacional.



O que é a NR‑1 e por que ela importa para o RH


A Norma Regulamentadora nº 1 (NR‑1) é a base de todas as demais normas regulamentadoras. Ela define princípios e diretrizes gerais sobre como as empresas devem gerenciar riscos ocupacionais, além de determinar obrigações legais tanto para empregadores quanto para trabalhadores.


O envolvimento do RH é essencial, pois a norma vai muito além do cumprimento legal: ela promove um ambiente de trabalho mais seguro, engajado e produtivo. A NR‑1 traz elementos como:


  • Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO)

  • Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR)

  • Treinamento e capacitação contínua em SST


A atualização da NR‑1 trouxe mudanças que impactam diretamente as práticas de RH e os programas de segurança e saúde nas empresas.


Principais mudanças da atualização da NR‑1 para 2025/2026


A Portaria MTE nº 1.419/2024 atualizou profundamente a NR‑1. Entre os principais destaques, temos:


  • Inclusão obrigatória dos riscos psicossociais (como estresse e assédio) no PGR.

  • Atualização dos termos legais, como “perigo ocupacional” e “risco evidente”.

  • Alteração nos critérios de classificação de risco: o número de trabalhadores expostos agora influencia a priorização das ações, e não a severidade do risco.

  • A norma entra em vigor em 26 de maio de 2026, com fiscalização intensificada nos setores com maiores índices de adoecimento mental.


Essas mudanças exigem uma postura proativa do RH, especialmente na elaboração de políticas internas, treinamentos e estratégias de prevenção.



GRO e PGR: Como o RH pode liderar o gerenciamento de riscos


O Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO) exige um processo contínuo de identificação, avaliação e controle dos riscos existentes no ambiente de trabalho. Isso é formalizado por meio do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR).


O RH tem papel fundamental nessa estrutura:

  • Integrar o PGR com os demais processos de gestão de pessoas.

  • Colaborar com o SESMT e lideranças para identificar perigos.

  • Comunicar os riscos de forma clara e constante aos colaboradores.

  • Desenvolver treinamentos eficazes de segurança e saúde.


Saúde mental em foco: riscos psicossociais agora são prioridade


Uma das grandes novidades da nova NR‑1 é o foco em riscos psicossociais, como:

  • Excesso de carga de trabalho;

  • Falta de apoio da liderança;

  • Comunicação ineficaz;

  • Clima organizacional tóxico;

  • Assédio moral e sexual.


Homem em terno removendo peça de torre de blocos, representando riscos ocupacionais e a importância do gerenciamento estratégico no ambiente corporativo.

Esses fatores já eram tratados indiretamente pela NR‑17 (ergonomia), mas agora são obrigatoriamente integrados ao PGR. O RH precisa liderar a identificação desses riscos e implementar ações preventivas, como:


  • Programas de saúde mental e bem-estar;

  • Canais seguros para denúncias;

  • Capacitação de lideranças para gestão empática;

  • Estímulo ao equilíbrio entre vida pessoal e profissional.


Passo a passo para o RH implementar a NR‑1 com sucesso


  1. Diagnóstico: Levantar riscos físicos, químicos, biológicos e psicossociais.

  2. Adequação documental: Atualizar o PGR e demais políticas.

  3. Treinamento contínuo: Engajar líderes e equipes sobre as novas diretrizes.

  4. Participação ativa: Promover o diálogo e envolver os colaboradores.

  5. Monitoramento: Revisar periodicamente os indicadores e ações.


Essas ações devem ser adaptadas de acordo com o porte da empresa e seu grau de risco (1 a 4), conforme estabelecido na própria NR‑1.

Benefícios da conformidade com a NR‑1 para sua empresa


  • Redução de acidentes e afastamentos;

  • Economia com custos trabalhistas e previdenciários;

  • Fortalecimento do clima organizacional e da saúde mental;

  • Melhoria da reputação e imagem empregadora;

  • Aumento do engajamento e produtividade.


Profissional em traje social meditando ao ar livre em área corporativa, simbolizando a busca por equilíbrio e saúde mental no ambiente de trabalho.

Conclusão: o RH como protagonista da mudança


Com a atualização da NR‑1, a norma entrou em vigor em 26 de maio de 2025, mas a aplicação de multas e penalidades por descumprimento foi adiada para maio de 2026. As empresas devem seguir as novas diretrizes, incluindo a gestão de riscos psicossociais, desde 2025, mas têm um período de transição de um ano para se adequar completamente antes do início das fiscalizações que poderão resultar em sanções legais.


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